sexta-feira, 8 de janeiro de 2010


Suspenso

É medo...
É futuro remorso...
É não-sei-que-lá-dor;

É o realizar do abismo...
É o primeiro olhar em já meio caminho
Falhar com você... Ai que pavor!

Voltar é insano
A mim não existe
Parado é perdido
A tábua se rompe
Correr desvairado
Pra fora da ponte
Ou vagar nos meus atos
E o bambo resiste?

Indecisão no espaço
Minha angústia consiste
Repenso passo por passo
Aprendi ontem
A me amar nos seus braços
Desejo sublime
É ver-nos fluir
Na firmeza da terra firme.
(Adrian Hagemeyer)



Muro escuro, muro alto,

Muro escuro, com certeza,

Que vai ficando mais baixo

Revelando a natureza

Olho pra cima e vejo

Deus de braços abertos

E vejo que estou pisando,

Abaixo, a terra no teto.

O verde também é teto,

Com flores para se abrir


Muro escuro, muro alto,

Muro, com certeza escuro,

Que vai ficando mais baixo,

Revelando futuro.

Olho pra frente, não vejo,

Deus com braços abertos

E vejo que ele está pisando

A Terra, o nosso teto

E vendo-te sempre por perto

Sei que Deus inda está aqui.


Muro escuro, muro alto

Muro futuro, muro passado

Que vai ficando de lado

Quando te cruzo a entrada.

E na escada, em seu auge

Nem tenho o que dizer,

É rima fácil de ver

O muro do parque lage.

O mundo está aberto,

E Deus são flores pra ti.


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