quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Poemas de sala de aula

Poeta chato

Ah! Esses dias de sol e chuva,
Essa mesmice que não para

Essa rotina que nos guia
Acoro sempre incomodado
Com a alternância entre noite e dia.




Sociologia chata

Ah! Demagogia sociológica
Tanto me faz brilhar os olhos
Chega a correr uma lágrima
A emoção me tira a lógica.

Ah! Teorias indecifráveis
Estudo um possível sem-fim
Minha mente respira opinião,
Mas fico sem ar ao ver a mentira em mim.


Escrevendo mas não postando.


domingo, 18 de julho de 2010

Nem sei por que...

Sou o que não posso ser,
De tanto me reinventar,
Perdi o Eu de mim.
Elo entre o físico e o moral,
Meus pensamentos,
já não vagam sozinhos.

Bom saber que essa Luz,
não larga de mão meu chão.
mas até que ponto é bom,
Te ter dona da minha razão?

E sem pestanejar,
Os dedos correm sem ti,
Com o intuito de alcançar
Suas mãos, que já não estão aqui.

(Vem poder da criação)
To assim e nem sei por que,
Penso, repenso ,
Repasso todos os passos
E tudo me leva a você

Prali

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Poema do Vovô surfista

Passeio por todos,
Meus gostos agradam,
Meu papo arrasa
E minha coluna dói

Queimado de sol,
Um pouco esticado
Saio a noite com meu filho,
sou, é claro, separado.

A ação do tempo me fez assim,
Tirou da validade eternos amores,
Pois me desculpem as ex-bonitas,
Mas beleza é fundamental.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Um poeta aprendiz

Que seja tarde, 

Seu dia de se desgarrar,

Passeia pela sala,

O cheiro de jacarandá.


E assim a noite,

te leva cedo, meu filho,

Me largas aqui sentada,

Pra melhor sentir o pinho.


Um Dia , cupim me rasga,

Madeira não silencia,

Sou tronco mas não raiz.


Passeio madeira podre,

Mas finquei no chão

Um poeta aprendiz

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sítio da Vovó Magaly

Não choveu,

E nem há roseira,

Mas o ritmo,

As cores.

Sim, as cores que a música traz

me fazem lembrar.


Pequena varanda,

Que não é na frente nem atrás,

E cores, e flores,

E plurais sem cor,

Pra rimar com amor.


Os religiosos furtos de CD

E a mente sem querer pensar,

E o corpo sem precisar ver.

basta o pé pisar pra saber.


Terra boa de lembrar,

Um tempo que sempre vou ter.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Seleção dos sete anões(ou de um deles)

Pinta a bola,

Borda o lance,

Dor histórica essa de vencer,

não ser esquecido é a maior revanche.


Vence feio meu amigo,

O pecado é seu,

Pra gente só desgosto,

Pro mundo, mais um Europeu.


Pinta a bola!

Borda o lance!


Cadê minha avó costureira?

Acho que essa pintura até minha mão sem coordenação.

É preferível perder jogando bonito

A ter que engolir essa seleção!

sábado, 22 de maio de 2010

Higienizando( e cortando, e censurando e selecionando)

Água, a mão limpa,

o sujo do dinheiro,

fácil, nosso, sem mágoa,

que problema tem 

Se a mão limpa com água?


Água e mão limpam,

o Sujo do dinheiro,

o sujo do traseiro,

O corpo, o espírito

E o sangue da faca.

Que poema tem,

Sem mão limpa e água?