quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SPRAY ANTI-CÉTICO


Não acredito em nada,

Nem em Deus, 

Nem em família,

As vezes, quando preciso,

Hipocritamente apelo,

Mas a porta do inferno,

é a minha poesia.


Se isso me atormenta,

Não me amedronta,

Talvez seja um falso ateu,

Que as vezes pro céu aponta.


Paixão para quê,

Se tenho um coração

hermético?


Mas quero me abrir,

Por isso procuro um 

spray anti-cético.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

SENTI(N)DO


Li que vinha,

Deve ser conto,

Algo como impossível,

um novo alguém de outrora,

Uma nova aurora,

E nenhum amanhecer.


Li e via,

Que somos mais que tudo,

Que tudo é só o mundo,

E só o mundo não é um só ser.


mas quanta contradição, 

Num encontro tão simples,

até hoje ingênuo,

mas feito de prazer.


A carne pede,

O mundo vê,

O chão balança

a mim, e a você.


Li e via,

Que és pura poesia,

Aquela que queria,.

E só quero se for de me querer.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Oi...

Aproveite o
carnaval

Eu não sei se você já foi,
mas se não,

Tchau.

Poesia do amigo Gus!
Poeta já consagrado


Mas vou dizer o contrário,
Aproveite meu carnaval e Oi!
Se você não veio, Chegue!

Sem pretensão poética!

Salve Gus, Salve o Carnaval!
Salve!
Saravá

sábado, 20 de fevereiro de 2010

OS QUE HOJE, ONTEM, MAS NUNCA AMANHÃ.


Coitada dela que acha que é,

pobre dela que é só sorriso,

meu pranto é mais que ela,

e meu sorriso é só castigo.

Pra ela e não para mim.

Sou eterno viajante,

mas acho que ancorei,

num lugar 

bem mais distante.


Aquele bom amigo,

que juro, 

não dá pra largar,

chamo-o de primo,

e ele sabe seu lugar,

Mas sou eterno viajante

que nunca vai pousar,

se você com tanta mudança,

não pode me entender,

juro, difícil é ver

você brilhando no ar.

Mesmo com tanta pretensão

não sei te entender,

mais difícil é compreender,

O que tens pra dizer.


Coitado de vocês,

que num dia,

qualquer,

me fizeram algum mal,

rezo pros santos que não conheço,

rezo pra um mal que não vejo,

As vezes rezo por vocês.

Mas sempre soube,

desde sempre

Quem um dia é minha vez.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A morte, a falta de sorte,

Quem vem de Minas sabe ,

onde fica o norte


No sul, bem longe,

Aqui tão mais,

No norte mesmo,

Distância,

não tantos canaviais.


Um corte, sem norte,

Quem vem de Minas sabe,

O que é a morte.


Só vejo diferentes,

num país de tão iguais,

Mas é um jeito da gente,

De crendice, e sonhos,

mil.

Com morte, sorte,

cultura e norte,

só quem é de Minas,

sabe que esta no Brasil

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

CADÊ O ANALISTA?


Alguns jogos de palavra,

me incomodam,

Não que eu seja isento

de tudo isso,

Mas acho que a poesia,

tem que ser sincera,

E não coberta,

por um manto de 

suposta inteligência.


Por isso não sou anjo torto,

Mas devo ter forte ego,

E essa vontade de mostrar,

Que escrevo pra ninguém (será?).


É a necessidade,

de me fazer sentir.

E um elogio,

me faz massagens sem fim.


-Que ser estúpido esse ai de cima!

Será que sou eu?

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PARA ELA!



Foi nada!

Foi tudo?

Nosso tempo era ontem,

mas hoje ainda dá.


Quero esses silêncios sem fim,

só você sabe acabar.

Só você sabe calar.


Mil rosas no seu vestido,

não sei diferenciar,

e roda o seu destino,

por isso há de voltar.


Sei nada!

Sei tudo?

Você nunca acreditou,

Mas hoje há de me acatar.


Mil frases no teu cabelo,

De cor de maracujá

Meu pelo não vê teu pelo,

Mas sente que vai chegar.


E nossos silêncios mostram,

O quanto tens pra mostrar,

Do nada fizemos algo,

Em tudo vamos mirar,


Pois esse espelho é cego,

E cego é o nosso olhar.



Para aquela!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tenho?


Tenho, uma de dentro

E outra de fora.

Uma é tempo,

E a outra,

O tempo toca.


Uma é peito,

A outra a porta,

Que abre e desfaz,

O que o peito fechou

E julgou folha morta.


Uma atormenta,

A outra também.

Amor sereno, não existe,

E isso, mesmo com toda diferença

As duas têm


Uma é vida,

A outra é sorte.

E enquanto da sorte da vida

Não tiver as duas, levarei minha vida,

Como se leva ‘a morte

sábado, 6 de fevereiro de 2010

MONTE



Eu vejo 

Longe...

Mais longe que o monte

Mais longe que o sonho 

Que a palma da mão 

Possa imaginar


Ao longe

O monte...

Quem sabe eu veja

eu veja bem longe

Não pense no hoje

Mas penso em você


Eu penso

Penso longe...

Mais até que o monte

Um monte de coisas

Nem sempre benvindas

As vezes sentidas


O tempo

É monte...

Que cresce, começa sereno

E tece rochedos

Desfazendo medos

Meu tempo é onde


Meu tempo

É longe...



Mais um poema pescado do fundo do baú!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

CONJULGASAMBA



eu sambo

tu sambas?

ela samba!

e muito bem,

de fazer as cadeiras sentarem em seus pés cansados.

Nós sambamos

Vós sambais?

Elas sambam!

tão bem que a retina para, descansa cansada na pálpebra.




Das antigas.

dos primórdios de algum ano escolar.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

CRIME S(E)M CASTIGO


É meu amigo,

não te dedico nada,

Mas hoje queria mostrar,

que do outro lado do rio,

também é beira.


Esse movimento de placas,

grande ruptura.

Um vão pra se pensar,

uma viola empunhada,

E o medo de sempre errar.


Nunca antes tive dúvida,

Hoje é difícil afirmar,

Que nessa luta,

contra a correnteza,

Eu vá de amigo, te chamar.


Julgou fácil,

o seu caso especial,

se todos erraram,

e nenhum chorou,

Porque não haveria de errar?


Mas esse machado que quebrou,

a cabeça de um eu infeliz,

Tinha que deixar cicatriz.

E pedra no seu calcanhar.


É sempre mais difícil,

Deixar de amar, 

tornaste isso obrigação,

O que foi bom, devo dizer.


A Justiça não vai entender, 

esse estranho caso,

não há prevista a prisão,

impossível retroceder.


Mas meu amigo,

por mais especial que sejas,

só o que fez foi errar,

então devo adiantar,

que seu crime não tem castigo,

mas se fez tem que pagar.