CRIME S(E)M CASTIGO
É meu amigo,
não te dedico nada,
Mas hoje queria mostrar,
que do outro lado do rio,
também é beira.
Esse movimento de placas,
grande ruptura.
Um vão pra se pensar,
uma viola empunhada,
E o medo de sempre errar.
Nunca antes tive dúvida,
Hoje é difícil afirmar,
Que nessa luta,
contra a correnteza,
Eu vá de amigo, te chamar.
Julgou fácil,
o seu caso especial,
se todos erraram,
e nenhum chorou,
Porque não haveria de errar?
Mas esse machado que quebrou,
a cabeça de um eu infeliz,
Tinha que deixar cicatriz.
E pedra no seu calcanhar.
É sempre mais difícil,
Deixar de amar,
tornaste isso obrigação,
O que foi bom, devo dizer.
A Justiça não vai entender,
esse estranho caso,
não há prevista a prisão,
impossível retroceder.
Mas meu amigo,
por mais especial que sejas,
só o que fez foi errar,
então devo adiantar,
que seu crime não tem castigo,
mas se fez tem que pagar.