segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Tenho?


Tenho, uma de dentro

E outra de fora.

Uma é tempo,

E a outra,

O tempo toca.


Uma é peito,

A outra a porta,

Que abre e desfaz,

O que o peito fechou

E julgou folha morta.


Uma atormenta,

A outra também.

Amor sereno, não existe,

E isso, mesmo com toda diferença

As duas têm


Uma é vida,

A outra é sorte.

E enquanto da sorte da vida

Não tiver as duas, levarei minha vida,

Como se leva ‘a morte

Um comentário:

  1. estava a uns dias sem passar pra dar um confere,
    linda essa.
    aquele abraço...
    JP

    ResponderExcluir