quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

CRIME S(E)M CASTIGO


É meu amigo,

não te dedico nada,

Mas hoje queria mostrar,

que do outro lado do rio,

também é beira.


Esse movimento de placas,

grande ruptura.

Um vão pra se pensar,

uma viola empunhada,

E o medo de sempre errar.


Nunca antes tive dúvida,

Hoje é difícil afirmar,

Que nessa luta,

contra a correnteza,

Eu vá de amigo, te chamar.


Julgou fácil,

o seu caso especial,

se todos erraram,

e nenhum chorou,

Porque não haveria de errar?


Mas esse machado que quebrou,

a cabeça de um eu infeliz,

Tinha que deixar cicatriz.

E pedra no seu calcanhar.


É sempre mais difícil,

Deixar de amar, 

tornaste isso obrigação,

O que foi bom, devo dizer.


A Justiça não vai entender, 

esse estranho caso,

não há prevista a prisão,

impossível retroceder.


Mas meu amigo,

por mais especial que sejas,

só o que fez foi errar,

então devo adiantar,

que seu crime não tem castigo,

mas se fez tem que pagar.


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