O Guarany
Ói...
Discunjura,
O sol enreda a tarde,
E queima o pouco que há,
O que não tiramos,
E o que ainda pensamos em criar...
De vento bravo, em calmaria,
O mesmo sotaque carregado,
O mesmo tom desbotado,
Andando, só por andar.
O dia teima em cair,
A noite tem que chegar,
Por mais sofrida que seja,
A luz do entardecer,
Não basta ver pra crer,
A meia-lua no ar.
De fé em tudo,e crendice,
Que nessa terra tudo dá.
Carrego na mão um terço
A cruz posta na fronha,
Levo também no coração
Uma coragem medonha...
No alto de uma palmeira,
Na lenda Tamandaré,
Em terras quilombolas,
A Batalha contra os Aimorés.
Da ficção fez-se o nome,
Da ilusão a estada.
E o mesmo sol que queimava,
Nos dava prazer na Qued'áqua.
Entre a arte e o improvável,
A memorável jornada,
A noite coroa com estrelas,
Um filme que roda na alma,
Os filmes cavalgam na mente,
Enquanto a gente cavalga.
Do adeus demorado,
Ao rápido conhecimento,
é tudo simples e raro,
Até o tempo do tempo...
Discunjura! que poesia madura! zéguéné! madura nunca! o que esta maduro só tende a apodrecer...
ResponderExcluirViva o verde!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Abs, muito bom cochi
po mlk fiquei arrepiado... boa escritura!
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