domingo, 21 de março de 2010

Vivo versificado

Vivo versificando,

O que não vejo,

Quem não vejo,

Da minha memória, 

Os abandonados meandros


Como um rio em cheia,

Exploro todos os lugares,

Entro, devasto, me aconchego,

Saio deixando solo fértil.

Poesia na correnteza.


E fartura de palavras,

Chega a minha mesa,

dicionário aberto,

é te abraçar em segredos,

Esclarece todas incertezas.


E como quem chega ao mar,

Me abro em delta de canais estreitos,

Cada um é parte de mim,

E cada parte tem seu defeito.

Só praia de areia branca,

( que é você), pra me juntar sem medo.

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